terça-feira, 24 de junho de 2014

“QUANDO SINTO UMA TERRÍVEL NECESSIDADE DE RELIGIÃO, SAIO À NOITE PARA PINTAR AS ESTRELAS.” Vincent Van Gogh

Vincent Willem Van Gogh foi um pintor pós-impressionista neerlandês. É considerado um dos maiores pós-impressionistas de todos os tempos. Nasceu em Zundert a 30 de Março de 1853, e faleceu em Auvers-sur-Oise a 29 de Julho de 1890.


Vincent Van Gogh em um dos seus Auto-retratos


A vida de Van Gogh ficou marcada por uma série de fracassos: não constitui família, não foi capaz de se manter economicamente, não foi capaz de manter uma vida social. Ao 37 anos faleceu, vítima de uma doença mental que o levou ao suícidio.

Tornou-se verdadeiramente notório devido a uma exibição póstuma dos seus trabalhos em Paris a 17 de Março de 1901.

É considerado um dos pioneiros na ligação do impressionismo com o modernismo, sendo a sua influência reconhecida em variadas tendências artísticas do século XIX - expressionismo, fauvismo e abstraccionismo.

Filho de um pastor da Igreja Reformista Neerlandesa (calvinista) - Theodorus - e de Anna cornélia Carbentus, Vincente recebeu o nome do seu avô paterno, que faleceu ainda antes de ele nascer. Pensa-se que estes factos tenham influenciado certos aspectos da sua personalidade, bem como determinadas características dos seus trabalhos (como, por exemplo, a utilização de pares de figuras masculinas).

Vincent era um de seis irmãos: Theodorus (Theo), Cornelius (Cor), Elizabeth, Anna e Willemina (Will). Revelou ser uma criança séria, quieta e introspectiva. Ao logo dos anos desenvolveu uma estreita amizade com o irmão mais novo Theo. Existe uma vasta correspondência mantida entre Theo e Vincent, que foi preservada e publicada em 1914, trazendo a público inúmeros detalhes da vida privada do pintor, bem como de sua personalidade. É através dessas cartas que se sabe que foi Theo quem suportou financeiramente o irmão durante a maior parte da sua vida.

Possivelmente uma das maiores influências artísticas sentidas nos trabalhos de Vincent Van Gogh será a de Paul Gauguin. Van Gogh e Gauguin conheceram-se me Paris, em Novembro de 1887, no exibição de arte "Impressionists of The Petit Boulevard", organizada por Vincent.



Paul Gauguin



Em Fevereiro de 1888, Van Gogh decidiu mudar-se para Arles no sul de França e dar início ao que ele chamou O Estúdio do Sul. Era suposto que fosse uma espécie de colónia de artístas, onde estes pudessem trabalhar juntos, sendo motivo de inspiração uns para os outros. Sendo um negociador de arte, o seu irmão Theo acordou em tentar vender alguns dos trabalhos destes artistas.

De forma a persuadir o Gauguin a mudar-se para O Estúdio do Sul, Theo ofereceu uma pensaõ de 250 francos mês em troca de um dos quadros de Gauguin por cada um dos meses que lá ficásse. Vincente pintou girassois para decorar o quarto do Gauguin. Estes girassois tornar-se-iam mais tarde uma das suas marcas.





A 23 de Dezembro de 1888, num momento de insanidade, Van Gogh perseguiu Gauguin com uma faca, ameaçando-o de morte. Nesse mesmo dia, quando Van Gogh regressou a casa cortou um pedaço do lóbulo da sua orelha e ofereceu-o a uma prostituta, como se fosse uma prenda. Gauguin partiu imediatamente de volta a Paris.


Os moradores de Arles fizeram uma petição para conseguir o internamento de Van Gogh no hospital local, de onde ele foi transferido para a clínica privada de Saint-Remy-de-Provence. 

Van Gogh e Gauguin continuaram a comunicar através de carta. Mas mesmo depois de separados os caminhos dos dois artistas, nenhum dos dois conseguiu escapar às influências do outro. Os trabalhos de Gauguin começar a reflectir nuances de vertente religiosa depois do seu convívio com Van Gogh. Também adoptou mais as cores vivas, em especial o amarelo, bem como pinceladas mais espessas - tal como Van Gogh. 

Por sua vez, Van Gogh adoptou a técnica de Gauguin: pintar de memória. Tal fez com que os seus trabalhos se tornassem mais decorativos e menos realistas.



"Starry Night"


"Cafe Terrace"


"Starry Night Over The Rhone"


"Almond Blossoms"


"Irises"


"The Old Tower in the Fields"


"The De Rujterkade in Amsterdam"


"Mountainous Landscape Behind Saint-Paul Hospital"




"The Potato Eaters"

segunda-feira, 9 de junho de 2014

ED VAN DER ELSKEN

O trabalho de Ed Van Der Elsken (1925-1990) centra-se nos anos que passou a viajar e nas pessoas com quem se cruzou durante esse período da sua vida. 


Auto retrato com Ata Kandó, Paris, 1953


Nasceu em Amersterdão, e era um artista auto-didacta - quase na totalidade da sua formação. Os seus trabalhos mostravam pouca preocupação com a técnica. Antes, debruçavam-se na composição e na evocação da atmosfera que envolvia as pessoas e locais que retratava.



Ed Van Der Elsken, Cafe Culture in Bohemian Paris



Ed Van Der Elsken, Life on the Parisian Party Scene



Ed Van Der Elsken, long shot boys in street, Paris, 1952



Ed Van Der Elsken, Love blossoms on the Left Bank



Ed Van Der Elsken, Saint Germain des Pres



Ed Van Der Elsken, Vali and Reflection In Mirror, Paris, 1951



Ed Van Der Elsken, Vali Kissing Herself In Mirror, 1951



Ed Van Der Elsken, Vali Myers, Paris, 1952



Ed Van Der Elsken, Vali Myers, Paris, Saint Germain de Pres, 1950



Ed Van Der Elsken, Vali Myers, REVE Paris 1952



Ed Van Der Elsken, Vali sitting at cafe table eyes closed, 1952


Ed Van Der Elsken, Vali standing before wooden wall, 1952




ANDRE REYNALDO LUCERO

Andre Reynaldo Lucero nasceu no Irão em 1967. Sendo os pais militares, a sua família regressou aos Estados Unidos da América pouco tempo após o seu nascimento, indo viver para os subúrbios de Washington DC.



Cedo, a natureza artística de Andre começou a ser estimulado pelos pais, ambos apaixonados pelas artes. Desde a escola que Andre mostrou ser um artista promissor, tendo durante a sua juventude exposto dois anos consecutivos no Corcoran Museum of Art, em DC. Estou artes na Virginia Commonwealth University, onde recebeu o recebeu o primeiro Annual Mallory Memorial Scholarship for Illustration. Foi ainda durante este período que os seus trabalhos começaram a vender.

Andre é membro de:

- Oil Painters of America
- Mid Atlantic Plein Air Painters Association
- The Jack Woodson Sketch Club


A Fond Farewell, Andre Reynaldo Lucero



Cool Waters, Andre Reynaldo Lucero



Evening on the Water, Andre Reynaldo Lucero



Flowers on the Bridge, Irlanda, Andre Reynaldo Lucero



Her Quiet Place, Andre Reynaldo Lucero



Melcher's Garden, Andre Reynaldo Lucero



Red Oak, Andre Reynaldo Lucero



To the Pond, Andre Reynaldo Lucero








ADELAIDE DE FREITAS


Adelaide de Freitas nasceu na Ilha da Madeira. Foi para Lisboa terminado o ensino secundário. Mais tarde viveu em Inglaterra. Actualmente, vive novamente em Lisboa. É artista plástica, fotografa e poeta, e pertence à Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa.

Auto-didacta, os seus trabalhos estão presentes em várias colecções, como na Fundação Berard. As suas primeiras exibições datam de 1995 (em Portugal, na Ilha da Madeira e em alguns outros países).



É também autora do livro "Escultura de Luz", cujo o tema central é o amor, e no qual constatam imagens de sete dos seus trabalhos em tela.

A artista refere:

"Desde criança, fascinei-me pelo desconhecido, pelos espaços extra galácticos, em busca de respostas para além deste Sistema Solar e sua Vida. Daí que, como artista plástica, pinto sempre sobre o mesmo tema, a vida extraterrestre, quer em espaços longínquos ou mesmo bem próximo do nosso mundo. Onde intitulo a minha obra, "Os Meus Extraterrestres".

"Também, desde criança, me atraiu a beleza da arte pela fotografia. Por conseguinte, desenvolvi alguns temas em fotografia, entre os quais, "Espelhos de Lisboa". Porque para mim, Lisboa refletecte-se por onde eu estou e passo. Pois cada existência é um espelho vivo da realidade de Lisboa".


Adelaide ET - O Banqueiro - Acrílico s/tela (70x90)



Adelaide ET - O Juíz - Acrílico s/tela (70x90)



Adelaide ET - O Poeta 001 - Acrílico s/tela (70x90)



Adelaide ET - O Rei Cósmico - Acrílico s/tela (70x90)






domingo, 8 de junho de 2014

PRIMEIRO MESTRE - PICASSO

Pablo Picasso, no que remete à arte e a movimentos artísticos, é provavelmente a figura mais importante do século XX. Ainda antes dos 50 anos de idade, Pablo Picasso era já o maior nome da moderna arte, dono do mais distinto estilo e capacidade criativa.



A sua carreira artística desdobrou-se ao longo de 7 décadas, ficando mais conhecido pela sua introdução ao Cubismo. A sua visão de arte era considerada muito à frente para o seu tempo, mas os seus trabalhos vieram a influenciar inúmeros artistas.  

Com o Cubismo, Picasso apresentou ao mundo uma visão de arte totalmente nova, que no início não terá sido muito bem aceite. Em vez de apresentar a arte sob uma visão bi-dimensional, o Cubismo apresenta uma visão ampla relativamente a dimensões e ângulos. 


"Três Mulheres" (1908), Pablo Picasso

Óleo sobre tela - cubismo




"Les Demoiselles d’Avignon" (1907), Pablo Picasso

A obra que modificou a história da pintura no século 20. Na época, provocou choque geral por causa da ousadia.
Óleo sobre tela - pré-cubismo



"Maternidade", óleo - cubismo abstracto

by, Pablo Picasso



“Everything you can imagine is real.” 


Pablo Picasso

("Guernica", a trágica e clássica obra do pintor cubista Pablo Picasso – nasceu das impressões causadas no artista pela visão de fotos retratando as consequências do intenso bombardeio sofrido pela cidade de Guernica, anteriormente capital basca, durante a Guerra Civil Espanhola, em 26 de Abril de 1937.)



"El Beso" (O Beijo - 1969), de Pablo Picasso. Criado pelo pintor quando vivia em Mouguin; quando conheceu a sua útlima esposa, Jacqueline Roque.


"Blue Nude" é das mais antigas obras primas de Pablo Picasso.

Foi criada em 1902, na altura em que o Pablo Picasso chorava a morte trágica do seu grande amigo. É um dos seus trabalhos do período azul, e exemplificou, indubitavelmente, o seu talento, enquanto se cingia a uma única cor.

Esta obra retrata uma mulher nua, abraçada aos seus joelhos, como se tentasse regressar no tempo, na busca de segurança e conforto.  Picasso utilizou apenas diferentes tons de azul - claros e escuros - para criar o impacto desejável.



"The Old Guitarist" foi pintado em 1903, após a morte do grande amigo Casagemas.

Durante este período, o artista dedicou a sua arte aos menos afortunados, e pintou diversas telas que retratavam a miséria dos pobres, dos doentes, dos rejeitados pela sociedade. Sabia o que era a miséria, tendo ele mesmo sofrido dessa mesma maleita durante um determinado período.

Esta tela foi pintada em Madrid e o estilo meio distorcido mostra reminiscências dos trabalhos de El Greco.



"Three Muscians" é uma obra imensa, com mais de 2 metros da largura e altura. Dá a ideia de uma colagem, dentro do estilo cubista.
É o retrato de três músicos, numa imagem achatada, colorida, de figuras abstractas, num quarto em forma de caixote. À esquerda temos um clarinetista, ao centro um guitarrista e à direita um cantor que segura pautas musicais.



"Girl Before Mirror" foi pintado em Março de 1932.

Esta obra evoca a imagem da vaidade numa visão cubista. É considerado um dos seus trabalhos eróticos, tendo provocado reacções bem diversificadas a diferentes críticos de arte.

A jovem que serviu de modelo a esta obra tinha por nome Marie-Thérèse Walter, e foi retratada inúmeras vezes por Picasso durante a década de 30.



"Le Rêve" é um quadro a óleo, pintado em 1932, por Pablo Picasso, na altura com 50 anos de idade. 

Mais um retrato da sua amante, a jovem Marie-Thérèse Walter. Diz-se que terá sido pintado numa única tarde - de 24 de Janeiro de 1932.

Pertence a um período do cubismo com tendência de fauvismo.

O conteúdo erótico desta obra tem sido referido vezes sem conta. Vários críticos referem que Picasso retratou um pénis erecto - possivelmente o seu - na parte superior da face da jovem.



"Death Of The Toreador"

Ao centro da imagem, Picasso retrata um cavalo cinzento em pânico, que contrasta com o vermelho do sangue no momento da morte do toureiro.

Quase não se percebe que o cavalo também está a morrer, uma vez que as vísceras deste estão igualmente retratadas a cinzento. O espectáculo de sangue é omitido pelo vermelho da capa do toureiro. 

Esta utilização da cor cria uma forte sensação de energia violenta, de movimento e morte.